sábado, 21 de abril de 2012

Oito Pessoas São Presas Acusadas De Tentar Fraudar Concurso De Campos!


Acusados podem responder pelo crime de divulgar conteúdo sigiloso de concurso público e pegar até quatro anos de prisão.
Oito pessoas foram presas acusadas de tentar fraudar o concurso público para a Prefeitura de Campos. Foi durante uma operação na noite de domingo (15) do Grupo de Apoio à Promotoria, o GAP.
 Segundo o Ministério Público, o golpe era chefiado por Alessandro Canuto da Conceição. As investigações mostram que ele se inscrevia nos concursos e terminava as provas primeiro. Depois, passava as respostas das questões para outros candidatos que ainda faziam o exame, por mensagem no celular. Todos entravam com dois celulares. Um era entregue à banca e o outro ficava escondido. Quando os candidatos recebiam as mensagens, pediam para ir ao banheiro e viam as respostas. Ainda segundo o MP, Alessandro recebia R$ 2 mil de cada candidato que conseguia ser aprovado. 14 pessoas já teriam sido beneficiadas com o golpe.
Os acusados podem responder pelo crime de divulgar conteúdo sigiloso de concurso público e pegar até quatro anos de prisão.
Antes do GAP prender as oito pessoas houve confusão logo nas primeiras horas da manhã no concurso de Campos. Situação que fez a organização cancelar as provas dos 53 mil candidatos.
A confusão foi em uma universidade. Às 8h a fila já era grande. Tinha candidato irritado com a demora para abrir os portões.
No edital, a prova estava marcada para começar a partir das 9h e os portões teriam que ser abertos com pelo menos com uma hora de antecedência. Quase 8h30min e os portões continuavam fechados.
Revoltados, alguns candidatos ficaram no meio da rua e impediram a passagem dos veículos. Houve congestionamento.
O portão foi aberto com atraso de quase 40 min. E mais tumulto. Alguns candidatos estavam confusos, sem saber qual sala eles fariam a prova. Segundo eles, algumas listas com a relação das salas foram arrancadas.
O portão permaneceu aberto, mesmo depois de encerrado o horário permitido para que os candidatos chegassem à escola. Não havia controle de quem entrava ou saia. Mesmo com a entrada de todos os candidatos a prova não começou no horário previsto.
Com a confusão, muitos candidatos foram embora sem fazer a prova.
A confusão no concurso de Campos começou no início da semana passada quando os cartões de confirmação foram liberados. 8 mil candidatos ficaram sabendo que iam fazer a prova no Rio de Janeiro. A maioria reside em outras cidades do Norte e do Noroeste do Estado. Mas polêmica envolvendo o concurso continuou. Na sexta-feira, a justiça de Campos suspendeu as provas depois que um advogado de duas candidatas entrou com um mandado de segurança alegando erro no edital.
De acordo com ele, o edital mostra que as provas seriam realizadas no dia 15 de abril, no município de Campos dos Goytacazes. A data e o horário das provas poderiam ser alterados, mas não há qualquer referência sobre a modificação dos locais do exame. Horas depois a decisão foi suspensa. Foi feito um acordo para que as duas candidatas fizessem a prova em Campos e a justiça revogou a liminar.
O concurso foi organizado pelo Centro de Produção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Cepuerj). Michele Delgado é de Brasília e ficou frustrada com os problemas que enfrentou.
Depois do cancelamento do exame, a prefeitura e a Cepuerj chamaram a imprensa para falar sobre a anulação das provas.
INTERTV

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