Acusados podem responder
pelo crime de divulgar conteúdo sigiloso de concurso público e pegar até quatro
anos de prisão.
Oito
pessoas foram presas acusadas de tentar fraudar o concurso público para a
Prefeitura de Campos. Foi durante uma operação na noite de domingo (15) do
Grupo de Apoio à Promotoria, o GAP.
Segundo o Ministério
Público, o golpe era chefiado por Alessandro Canuto da Conceição. As
investigações mostram que ele se inscrevia nos concursos e terminava as provas
primeiro. Depois, passava as respostas das questões para outros candidatos que
ainda faziam o exame, por mensagem no celular. Todos entravam com dois celulares.
Um era entregue à banca e o outro ficava escondido. Quando os candidatos
recebiam as mensagens, pediam para ir ao banheiro e viam as respostas. Ainda
segundo o MP, Alessandro recebia R$ 2 mil de cada candidato que conseguia ser
aprovado. 14 pessoas já teriam sido beneficiadas com o golpe.
Os acusados podem
responder pelo crime de divulgar conteúdo sigiloso de concurso público e pegar
até quatro anos de prisão.
Antes do GAP prender as
oito pessoas houve confusão logo nas primeiras horas da manhã no concurso de
Campos. Situação que fez a organização cancelar as provas dos 53 mil
candidatos.
A confusão foi em uma
universidade. Às 8h a fila já era grande. Tinha candidato irritado com a demora
para abrir os portões.
No edital, a prova
estava marcada para começar a partir das 9h e os portões teriam que ser abertos
com pelo menos com uma hora de antecedência. Quase 8h30min e os portões
continuavam fechados.
Revoltados, alguns
candidatos ficaram no meio da rua e impediram a passagem dos veículos. Houve
congestionamento.
O portão foi aberto com
atraso de quase 40 min. E mais tumulto. Alguns candidatos estavam confusos, sem
saber qual sala eles fariam a prova. Segundo eles, algumas listas com a relação
das salas foram arrancadas.
O portão permaneceu
aberto, mesmo depois de encerrado o horário permitido para que os candidatos
chegassem à escola. Não havia controle de quem entrava ou saia. Mesmo com a
entrada de todos os candidatos a prova não começou no horário previsto.
Com a confusão, muitos
candidatos foram embora sem fazer a prova.
A confusão no concurso
de Campos começou no início da semana passada quando os cartões de confirmação
foram liberados. 8 mil candidatos ficaram sabendo que iam fazer a prova no Rio
de Janeiro. A maioria reside em outras cidades do Norte e do Noroeste do
Estado. Mas polêmica envolvendo o concurso continuou. Na sexta-feira, a justiça
de Campos suspendeu as provas depois que um advogado de duas candidatas entrou
com um mandado de segurança alegando erro no edital.
De acordo com ele, o edital
mostra que as provas seriam realizadas no dia 15 de abril, no município de
Campos dos Goytacazes. A data e o horário das provas poderiam ser alterados,
mas não há qualquer referência sobre a modificação dos locais do exame. Horas
depois a decisão foi suspensa. Foi feito um acordo para que as duas candidatas
fizessem a prova em Campos e a justiça revogou a liminar.
O concurso foi
organizado pelo Centro de Produção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(Cepuerj). Michele Delgado é de Brasília e ficou frustrada com os problemas que
enfrentou.
Depois do cancelamento
do exame, a prefeitura e a Cepuerj chamaram a imprensa para falar sobre a
anulação das provas.
INTERTV
Nenhum comentário:
Postar um comentário