Mesmo quando vivíamos no período da
ditadura, os movimentos juvenis foram responsáveis por quedas de
paradigmas, tabus e que influenciaram toda uma geração. Seja na musica,
na arte, no esporte, cultura ou na religião, a participação dos jovens
funciona como uma espécie de termômetro, um balizamento para se obter
resultados positivos, ou seja, se a moda “pega” entre os jovens ela
dissemina rápido e ganha proporções dantescas. Infelizmente, não foram
só a cidadania e boa prática que enxergaram na juventude o seu grande
baluarte. O crime organizado, as drogas, a AIDS e a desagregação
familiar miraram nossos jovens e os transformaram em potenciais
disseminadores da violência, da barbárie e consequentemente do
desequilíbrio social.
Os governos gastam, todo ano, volumosa
quantidade de dinheiro com segurança pública, no tratamento de vítimas
da violência urbana e familiar e o caos se instaura todos os fins de
semana com acidentes automobilísticos provocados por jovens embriagados e
nos estádios os mesmos são dizimados por uma briga insana de torcidas
organizadas.
Na política a força jovem é
considerada vital e decisiva, basta lembrar dos “Caras Pintadas” que
foram as ruas para pedir o impeachment de Collor e do movimento “Diretas
Já” fundamentais para os novos rumos do Brasil e que revelaram grandes
lideranças das quais vemos hoje atuando no cenário político.
O jovem reúne emoção, razão e força,
combustíveis essenciais para mudanças. O Brasil que sonhamos e
precisamos construir ainda está muito longe, mas sem dúvida poderemos
encurtar esta distância, conscientizando nossa juventude da necessidade
de participar ativamente da vida política, dos partidos e dos movimentos
que discutem e debatem uma sociedade melhor.
O jovem na política é a renovação que nosso Brasil precisa!
MARCELO LESSA
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