PM do RJ mantém 17 policiais detidos no primeiro dia de greve da corporação
No primeiro dia de greve de integrantes da segurança pública no Rio de Janeiro, o comando da PM deteve 17 policiais - sete em flagrante por crime de desobediência e dez em cumprimento de mandado de prisão preventiva, sendo que um cabo segue sendo procurado. Inicialmente, a corporação havia informado a prisão de 59 homens, o que acabou corrigido.
Quatro dos PMs presos por ordem da Justiça se juntam a outros 10 colegas que serão submetidos a processo administrativo disciplinar. No Corpo de Bombeiros, 123 guarda-vidas foram indiciados por falta ao serviço. Todos serão presos administrativamente. O Comandante do 2º Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca, Tenente Coronel Ronaldo Barros, foi exonerado do cargo. Em nota divulgada nesta noite, a PM informou que 129 integrantes do 28º BPM (Volta Redonda) serão indiciados em Inquérito Policial Militar (IPM). Os policiais e bombeiros enquadrados podem ser expulsos.
Entre os presos estão o coronel da reserva Paulo Ricardo Paúl, ex-corregedor da PM e um dos maiores críticos da administração do governardor Sergio Cabral (PMDB), e o major Helio Silva de Oliveira, um dos líderes do movimento. Ainda não foi cumprida a ordem de prisão do cabo Alonsimar de Oliveira Pessanha.
A ação da PM se baseia em novas regras publicadas hoje na edição extraordinária do Diário Oficial do Estado. Nelas, está prevista a redução dos prazos para o julgamento de policiais que tenham cometido infrações graves. O decreto determina que os conselhos de disciplina da PM e dos Bombeiros poderão concluir os trabalhos em 15 dias, metade do tempo previsto anteriormente. Em vez de 20 dias, a decisão sobre a expulsão poderá ser feita em até cinco dias.
O comando da PM considera que a situação nas ruas está normalizada em todo o Estado. A maior adesão à greve foi verificada no interior, especialmente nas cidades de Campos, Itaperuna e Volta Redonda. Homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque foram enviados para suprir a ausência daqueles que abraçaram a paralisação.
Sem informar o efetivo total que está nas ruas, a PM classifica como tranquila a situação nos bairros da capital. Tanto que, por ora, a convocação de homens do Exército e da Força Nacional de Segurança está descartada. Ainda assim, 14,3 mil homens estão de prontidão.
Campos: parte do comércio fechou as portas
O comando-geral do Corpo de Bombeiros abriu um Conselho de Disciplina para avaliar a conduta do cabo Benevenuto Daciolo, que já está preso em Bangu 1, além de 15 guarda-vidas representantes do movimento de greve. Também serão avaliadas as posturas do Capitão BM Alexandre Marchesini e do Major BM Márcio Garcia. O procedimento definirá as punições cabíveis aos envolvidos, podendo chegar à exclusão definitiva do Corpo de Bombeiros.
Resultado de ato insano correção necessária... é isso. Cabral está certo!
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